segunda-feira, 30 de março de 2009

Polêmica: Alan Sokal e As Imposturas Intelectuais

Em 1996, o físico Alan Sokal conseguiu que um ensaio fosse publicado na Social Text, uma influente revista acadêmica sobre estudos culturais, apontando as profundas similaridades entre a teoria da gravitação quântica e a filosofia pós-moderna. Logo depois, ele revelou que este ensaio era uma parábola brilhante, um catálogo de frases sem sentido, escrito na atual e impenetrável linguagem dos teóricos da pós- modernidade. O acontecimento abriu um furioso debate nos círculos acadêmicos, e foi parar nas primeiras páginas dos principais jornais dos EUA e da Europa.

Alan Sokal e Jean Bricmont prosseguiram a partir do ponto onde a paródia tinha parado. No polêmico IMPOSTURAS INTELECTUAIS, eles desmantelam como pseudocientíficos os textos de alguns dos mais festejados intelectuais franceses e americanos. Em cada capítulo, eles selecionam textos do autor correspondente para fazer uma crítica minuciosa da significação e do uso adequado dos termos e conceitos científicos que neles aparecem.

Dessa forma, estão presentes a lógica matemática de Lacan, a análise do discurso poético de Kristeva, a incorporação dos atratores estranhos e os espaços não-euclidianos em uma reflexão sobre a história em Baudrillard, a logorréia pseudocientífica na obra de Virilio, o abuso da geometria em Riemann, a mecânica quântica sob Deleuze e Guattari, a geometria fractal, a teoria do caos e o teorema de Gödel, entre outros desenvolvimentos científicos sedutores.

O objetivo de IMPOSTURAS INTELECTUAIS, segundo os autores, é analisar estritamente a ocorrência dos conceitos científicos na obra de cada um e, assim, mostrar como esses pensadores pós-modernos falam de teorias científicas das quais só têm uma vaga idéia. Para Sokal e Bricmont, eles importam para as ciências humanas noções das ciências exatas sem justificativa empírica, assim como exibem uma erudição superficial para impressionar o leitor com termos da ciência, manipulando frases sem sentido.

O segundo alvo do livro é atingir o relativismo cognitivo, que constitui um ingrediente epistemiológico essencial de grande parte do discurso gerado nos programas de cultural studies e sciences studies das universidades norte-americanas. Alan Sokal é professor de física na Universidade de Nova York. Jean Bricmont também é físico, e dá aulas na Universite de Louvain, na Bélgica.



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obras basilares da ciência

Após longo período de recesso devido às obrigações pessoais estamos de volta. 
Nós, organizadores, alimentadores, divulgadores, apresentamos abaixo algumas das obras basilares do pensamento científico de homens que arduamente pensaram o próprio fazer da ciência em prol de um avanço nas pesquisas em diversos campos...

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A lógica da pesquisa científica, de Carl Popper:



A metodologia dos programas de pesquisa, de Imre Lakatos:



A estrutura das revoluções científicas, de Thomas Kuhn



Da necessidade de um pensamento complexo (artigo), de Edgar Morin



Aproveite!

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