quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Fim de ano
domingo, 21 de dezembro de 2008
Normas ABNT
A Paisagem Cultural em Duas Versões: a escola de Berkeley e a geografia cultural renovada
A despeito de todas as críticas e discordâncias, parece consenso entre os geógrafos a importância da paisagem na geografia. O fato de a mesma ser estudada pela geografia desde o seu princípio reforça esse consenso. Ainda assim, por muito tempo sua conceitualização foi banalizada ou ignorada por muitos, mesmo na geografia humana, que se baseia nela como conceito-chave. Somente quando sua forte ligação com outro conceito de igual importância para geógrafos, a cultura, vem à tona, é que a paisagem começa a ganhar certo destaque nos debates geográficos. Pois, foi na busca da definição da cultura que novas formas de entender a paisagem foram surgindo, e com ela a própria geografia cultural passou a ter maior destaque no âmbito da ciência geográfica.
O objetivo proposto com esse estudo, portanto, está em evidenciar a importância que os conceitos de paisagem, e antes dele o de cultura, exercem na geografia cultural. Propõe-se aqui também debater como a visão de cultura de uma Escola geográfica afeta diretamente a forma como trabalhamos suas paisagens, debate esse evidenciado através de um paralelo traçado entre as duas maiores Escolas de geografia cultural da atualidade.
Nas páginas a seguir, veremos como esses debates surgiram no século XX, e suas repercussões na ciência geográfica através dos estudos feitos por Carl O. Sauer e Denis Cosgrove, geógrafos que se tornaram referência nas duas principais Escolas de geografia cultural recentes. Privilegiar-se-à, portanto, o debate entre a Escola de Berkeley e a denominada Geografia Cultural Renovada, em especial sobre os temas de cultura e paisagem adotados pelos dois lados.
Palavras-chave: paisagem, cultura, geografia
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